terça-feira, 29 de setembro de 2009

O escafrando e a borboleta


Le scaphandre et le papillon
Carolina Morley
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domingo, 6 de setembro de 2009

Expired

O primeiro filme da diretora e roteirista Cecília Miniucchi é um drama regrado com muito humor negro e um roteiro fantástico.
Claire é uma oficial do trânsito solitária e meiga, que passa os seus dias multando carros e tomando conta da mãe que sofreu um derrame.
Até o dia que conhece Jay, um oficial mau humorado e neurótico que faz de tudo para estar presente no dia-dia de Claire.
O relacionamento dos dois é marcado por grosserias de Jay, perda da mãe de Claire e conversas sem sentido.
Em uma das cenas Jay, que sofre de compulsão sexual por garotas de programa é pego em flagante e o realismo do conflito das emoções da jovem oficial, me fez refletir sobre a mente masculina diante de uma doença psíquica.
Fica óbvio que se trata de uma fuga do personagem-Jay-para lidar com suas frustrações.Outro motivo pelo qual é obcecado pelo trabalho.
Claire tentando sair de seu mundo solitário, se sujeita às humilhações constantes do oficial que não dá trégua, nem na primeira noite dos dois.
Machismo e antagonismo são presentes neste drama que enfoca na solidão e neuroses que o ser humano vem vivenciando nas últimas décadas.
Um ótimo filme tanto para admiradores de filmes independentes quanto para profissionais da saúde mental.
Ps: O filme participou do festival de Sundance.

O melhor amigo da noiva


O filme do diretor Paul Hogan (da série Mr.Bean) conta a história de Tom e Hanna, melhores amigos que mantém um amor platônico por mais de dez anos.Ele é um namorador incansável, enquanto ela pensa em se casar.Quando ela finalmente anuncia seu casamento e ainda o convida ápara seu sua madrinha, Tom entra em desespero e faz de tudo para conquistá-la.
O filme é uma comédia previsível, açucarada, mas que rende algumas risadas.O filme segue a mesma fórmula do consagrado"casamento do meu melhor amigo " de 1997.
Típica sessão da tarde, mas um bom programa para uma sexta à noite, depois de um típico dia cansativo e estressante!
Recomendo...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Azul Ozcuro Casi Negro, Espanha, 2005.


Jorge trabalha de porteiro, cuida do pai doente, tem amigo em dúvida sobre a própria sexualidade, vive às turras com a namorada de infância. Pobre e ambicioso, deseja mudar de ares, tornar-se administrador de empresas: o terno preto que não pode comprar simboliza a raiva que o consome e o sonho de ascensão social. Ao se envolver com a presidiária Paula – a pedido do irmão que, por ser estéril, quer que ele engravide a namorada –, Jorge sente finalmente útil e, apaixonado, adquire novas forças para continuar lutando.

Paga tributo a Pedro Almodóvar e não se perde, ao contrário do que foi dito por outros críticos, no aprofundamento psicológico dos personagens , mas sim na falta de criatividade das imagens

Azul Escuro Quase Preto, no entanto, acerta na divertida história que envolve o amigo quase gay, seu pai e o massagista que atende a ambos, bem como nas visitas íntimas de Jorge a Paula na prisão, quando o que era apenas sexo se transforma em amor e companheirismo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"Inimigos públicos", de Michael Mann


Adaptação do romance de Bryan Burrough ambientado nos anos de 1930, no auge da criminalidade, quando agentes do FBI tentam capturar notórios gângsteres americanos como John Dillinger, Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd.

Depp interpreta John Dillinger, o mais famoso dos gângesters e personagem central do filme, conseguindo o tom certo do personagem.Suas expressões saltam a tela.Durante o longa só se vêem expectadores fitando-o, boquiabertos.
Tive a sensação do longa ser uma mistura de documentário com cinema independente.
Christian Bale que interpreta o chefe de polícia me pareceu ofuscado em todo o drama. Personagens solitários ,traumatizados, incluindo Depp com cara de quero colo.Isso eu gostei nele rsrs...e para quem estava com saudade de Leelee Sobieski pode ficar contente pois, ela reaparece em uma ponta!
Um bom filme de gangster, recomendo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A mulher invisível


O longa conta a história de Pedro, um controlador de tráfego certinho e romântico que, mesmo depois de seis anos de casamento, ainda chega em casa com flores e cheio carinho para a esposa. Justamente por oferecer tanta segurança, acaba abandonado por ela. Após vários meses deprimido e trancado em casa, Pedro sai do isolamento quando uma bela mulher bate à sua porta pedindo uma xícara de açúcar. Ela é Amanda, sua nova vizinha, e logo de cara demonstra ser a mulher perfeita: apaixonada, carinhosa, inteligente, liberal, e ainda por cima entende tudo de futebol(perfeita para o sexo oposto diga-se de passagem). O único problema é que Amanda só existe na mente de Pedro. O irônico é que Pedro se enamora por uma alucinação, mas não enxerga Vitória, a vizinha de carne e osso que o ama e nunca teve coragem de se aproximar.

Filme nacional é uma coisa complicada por que ou a coisa descamba para o famoso pastelão ou acaba ficando melodramática. Poucos filmes conseguem o equilíbrio como em A Mulher Invisível, e grande parte do segredo do sucesso está no timing perfeito de Selton Mello. Ao mesmo tempo em que o ator é hilário na porção cômica do longa – a cena dele dançando sozinho na discoteca é inesquecível , também consegue ser profundo e comover o espectador com a dor do seu abandono. E o mais impressionante é que, muitas vezes, Selton muda de comportamento em questão de segundos,incrível. Resumindo, Selton Mello arrasa mais uma vez.Não poderia esquecer Luana Piovani que consegue uma razoável atuação.Enfim o elenco todo foi muito bem escolhido e todos somaram pontos para um filme redondinho.


Saindo da fantasia e exagerando 80%, se fossêmos analisar uma pessoa que vê alguém que não existe, o classificariamos de médium, esquisofrênico ou louco (popularmente falando) mas na verdade isso é mais comum que se imagina e no Brasil estamos com clínicas lotadas de pacientes portadores de esquizofrenia, o dianóstico mais comum.

A esquizofrenia é uma desordem cerebral crônica, grave e incapacitante, que afeta em torno de 1% da população. Pessoas com esquizofrenia podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando para prejudicá-las. Essas experiências são aterrorizantes e podem causar medo, recolhimento ou agitação extrema.

Entrei nesse assunto porque como estudante de Psicologia é meu dever alertar a sociedade para a reforma psiquiátrica que necessita ocorrer no nosso país, que é denominado " movimento antimanicomial", que luta contra as intuições que não tratam e nem reabilitam nenhum paciente, apenas o deixam em cárcere e com sequelas.

Vale lembrar o filme "Bicho de 7 cabeças " com Rodrigo Santoro e a luta de seu personagem- Neto - que é internado pelo pai por ser pego portando maconha no bolso do casaco.Neto faz de tudo para escapar desse manicômio que devorava suas presas em um sistema corrupto e cruel em plena década de 80.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Guerreiro Genghis Khan- 2007


O filme que assisti, um épico que retrata os primeiros anos de vida de Genghis Khan, que ainda muito cedo foi escravo antes de se tornar um dos maiores conquistarores de todos os tempos. Ele chegou a dominar metade do mundo conhecido até então, no ano de 1206.
O filme é dirigido por Sergei Bodrov que consegue misturar a história da Mongólia com cenas de fantasia, acompanhando o personagem d
eTemüjin quando criança até sua fase adulta na sua luta pela sobrevivência, até se tornar um grande conquistador Mongol.
As cenas iniciais mostram Temujin aos 8 anos pedindo ao pai para ter o direito de escolher a noiva e sua incrível força para se firmar como homem no corpo de uma criança, me chamaram a atenção(já que tenho um irmão da mesma idade srs) e é impossível não se emocionar nas cenas de sofrimento, que se perduram por todo o drama.A força e determinação que eram exigidas às crianças da época não passam batido no longa , mesmo já sabendo historicamente do fato.
O filme traz uma mensagem baseada em liderança,trabalho em equipe e perdão, pois ,o que me chamou atenção foi quando o personagem adotava filhos que não eram seus e perdoava seus rivais. (sabemos que devido à barbarie os mongóis não perdoavam e nem adotavam filhos ilegitimos, enfim todo épico precisa ser romanceado).
O filme foi candidato ao Oscar de melhor filme estrangeiro e para quem gosta do gênero não consegue se cansar, mas para aqueles que não são muito adeptos ao gênero, recomendo um pouco de paciência, pois as fotografias são belissimas e é de tirar o fôlego as lutas sanguinarias entre as "tribos" inimigas, onde fazer guerra não era crime e sim rotina.